ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

SEM UNIÃO NÃO HÁ FORÇA

Quando, em tempos de por em prática o velho ditado de que “a união faz a força”, todos podemos ver, em vez disso, actos de fragilização que só podem tornar-nos ainda mais vulneráveis aos riscos de um fim de ciclo de comportamentos cuja prática as condições naturais inviabilizam cada vez mais, será o momento de procurar esclarecer as razões destes comportamentos auto flagelantes que não são, de todo, manifestações de inteligência.
Ainda que a todos assista o direito constitucional de fazer o que fazem, sejam greves, manifestações, discussões, pedidos de demissão do governo ou de ministros, distorção de factos ou a sua apreciação tendenciosa, não me parece que estejam a fazer o melhor para Portugal quando, em vez do confronto são de ideias que faz avançar o saber e encontrar soluções, se prefere a truculência verbal ilusória a que podemos assistir na Assembleia da República e o modo de informar e de noticiar sem cuidado ou com intenções diferentes das da isenção política que a comunicação social deveria ter.
Se estamos a fazer como é permitido fazer, porque a Constituição e a Democracia o consentem, mas não bate certo, se a Constituição pode impedir o que a dura realidade impõe que se seja feito e a Democracia deixou de ser o garante infalível de soluções que muitos ainda dizem que é, parece-me ser tempo de as ajustar a uma realidade que já muito pouco tem a ver com aquela que as inspirou, antes que sejam totalmente desacreditadas e, porventura, substituídas por algum regime que ampute os verdadeiros direitos de pessoas livres que desejamos ser.
Todos sabemos como é difícil desfazer hábitos e preconceitos que um longo tempo fortaleceu, mas será ainda mais difícil suportar as consequências da casmurrice de não querer ver, a tempo, aquilo que, a cada dia, se torna mais óbvio que teremos de fazer.
As coisas acontecem a um ritmo que se não compadece com aquele que certos interesses impõem e, assim, em vez de minorar os efeitos de uma crise europeia que se poderia ter confinado a uma pequena economia como a grega, num acto de solidariedade que resolvesse o seu problema, se tornou numa epidemia que, aos poucos mas seguramente, vai atingindo todos os países e já pouco distante estará de quem tem marcado estes ritmos ao sabor das suas conveniências, a Alemanha.
Também na Europa a que chamamos União Europeia, a desunião a enfraquece porque, tal como em Portugal, os interesses globais não conseguem sobrepor-se aos que são de cada um, dos partidos, dos países, dos focos de pressão a quem o presente tira a visão do futuro que, assim, não vêem que vai ficando mais negro.
Dizem que, depois de Setembro, mês das eleições na dominadora economia alemã, muitas coisas poderão mudar na forma de enfrentar a situação que se vai tornando incontrolável em toda a Europa.
Não sei se será assim ou não, mas fica, ainda, o resto do mundo onde as coisas também não correm de feição por via desta crise global que a todos furou as contas!
Talvez que a “tabuada” básica destas contas complicadas da Economia consumista que a Natureza já não suporta, tenha de ser revista, reinventada até, para que volte a bater certo.

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