Já não dá para entender
seja o que for. É a grande confusão porque, tal como se diz na gíria, não bate
a bota com a perdigota.
O Ministro das Finanças
tem o entendimento de que o Eurogrupo deu como aprovada, na sua reunião de
hoje, a sétima avaliação, permitindo desbloquear a parcela de 2,1 mil milhões
de euros que lhe corresponde. Porém, um porta-voz do grupo disse que Portugal deve, agora, por rapidamente
em prática as medidas aprovadas para que o desbloqueio aconteça e Portugal
possa beneficiar da dilatação do prazo de pagamento da dívida que alguns
parlamentos ainda terão de aprovar.
Nas medidas aprovadas
incluem-se as que dizem respeito a pensões de reforma que o CDS/PP insiste em
afirmar não serem para cumprir, mas das quais parece que o “eurogrupo” exige a
implementação e Gaspar afirma que serão aplicadas em caso de necessidade...
Dá-me a ideia de que todos
começam a não se entender neste país e nesta Europa cada vez mais doente, por
mais que alguns insistam em ver sinais de recuperação.
Depois das imposições da
Troika, chegam, agora, as recomendações da OCDE numa insistência que faz
lembrar aquelas situações em que um diz mata e o outro esfola. Será que, ao
falar, se não ouvem?
No Parlamento inglês
reclama-se a saída da União Europeia. A Zona Euro entra em recessão.
Não consigo
encontrar um sinal de esperança neste conjunto de atitudes e de situações que
pede, cada vez mais intensamente, uma mudança de rumo em conformidade com
circunstâncias em que o anterior já não faz sentido.
Mas o pior de tudo e me
faz sentir um profundo desconforto nesta condição de esperar não sei o que, é
que de tudo isto se querem aproveitar os que espreitam o poder com o qual,
obviamente, nada de satisfatório conseguirão fazer porque se propõem prosseguir
os mesmos objectivos de regresso a um crescimento intenso impossível.
Procuram os economistas
soluções em práticas que se mostram improfícuas em situações diferentes
daquelas em que pareceram ser eficazes.
Os tempos mudaram. Terão
de mudar os processos.
Entretanto esperamos o que ou acreditamos em quem?
Entretanto esperamos o que ou acreditamos em quem?
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