Ninguém, por certo, ficou
indiferente ao que sucedeu em Chipre, onde os depósitos bancários superiores a
100 000 euros foram sacrificados por imposição da EU, a fim de ajudar à
recuperação da banca!
Eu creio que medidas como esta
apenas podem provir de mentes insanas ou de uma situação que é muito mais grave
do que nos fazem crer, pois de outro modo não podem ser entendidas medidas como
a que foram impostas aos depósitos bancários em Chipre ou o que se pretende
fazer com as reformas e as pensões em Portugal.
O que sucedeu em Chipre parece
também ter impressionado os representantes do G7, dos sete países mais ricos do
mundo que se reuniram para deliberar que concordaram em avançar com medidas
para impedir que sejam os contribuintes a suportar a eventual falência de bancos.
Nesta reunião estiveram presentes
os Ministros das Finanças dos EU da América, do Reino Unido, da Alemanha, do Canadá, da França,
da Itália e do Japão, mais ainda os governadores dos bancos centrais e a
directora do FMI.
A Conclusão foi que o que sucedeu
em Chipre não voltará a repetir-se! Mas poderão garantir isso?
É curioso porque, em Portugal há
quem diga que esta será uma das próximas medidas a adoptar, quando as demais
mostrarem a sua incapacidade para resolver seja o que for.
Não são medidas normais as que se
adoptam nesta crise que não é, apenas, da Europa mas de todos e não me parece
que seja com medidas como as que são adoptadas que os problemas existentes se
resolvam.
Num mundo em que os mais ricos
tem os seus próprios grandes problemas que, segundo a última apreciação do FMI
não parecem a caminho de melhores dias, como se poderá garantir tal decisão?
É estranho como ainda ninguém
propôs as medidas indispensáveis de desaceleração da economia até ritmos
sustentáveis pelas condições naturais, a única referência para uma economia
sustentada, mas com horizontes bem diferentes dos que esta ânsia de crescimento
económico constaante nos permite.
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