Esta é a questão que divide Governo
e Oposição e deve merecer a atenção de todos nós.
Para mim, há muito que deixou de
ser questão a necessidade absoluta de cortar na despesa do Estado até anular o
défice e, depois, ter a folga necessária para começar a reduzir a dívida
porque, de outro modo, a dívida continuará a crescer, havendo o risco de,
depois, não haver como financiar o Estado.
Infelizmente, não acredito em
milagres desta natureza, num “anjo” ou num “alien” qualquer que, como por
magia, nos forneça os meios de que necessitarmos. Por isso, sonhar com soluções
que não incluam a austeridade necessária para alcançar os objectivos
indispensáveis, não passa de demagogia saloia para tolo enganar. Doa o que
doer.
A questão para mim passou a ser,
apenas, a justiça e a equidade das medidas que, para tal, sejam tomadas, para
além da qualidade técnica e social de tais medidas, de modo a minimizar os seus
efeitos negativos.
Bom seria que a Oposição
cumprisse a sua função em vez de fazer o jogo da alternância democrática que,
todos sabemos no que dá. Destitui-se um governo que consideramos mau para dar
lugar a outro que, pelo menos na aparência, seja ainda pior.
Não sendo assim, se os ânimos se
exaltarem demais porque alguém diz que se trata de um roubo ou de um pacto de
agressão e não da infelicidade a que um governo irresponsável nos condenou,
corremos o risco de uma austeridade ainda bem maior.
Apenas vejo uma maneira de
reduzir a austeridade que é com organização e trabalho sério, uma filosofia
onde o irrealismo não tem lugar e a demagogia é condenada.
O país será condenado a aguentar
a austeridade que, pelos seus erros, a si próprio impuser. Esta é uma verdade!
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