ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

AGUENTA O PAÍS MAIS AUSTERIDADE?



Esta é a questão que divide Governo e Oposição e deve merecer a atenção de todos nós.
Para mim, há muito que deixou de ser questão a necessidade absoluta de cortar na despesa do Estado até anular o défice e, depois, ter a folga necessária para começar a reduzir a dívida porque, de outro modo, a dívida continuará a crescer, havendo o risco de, depois, não haver como financiar o Estado.
Infelizmente, não acredito em milagres desta natureza, num “anjo” ou num “alien” qualquer que, como por magia, nos forneça os meios de que necessitarmos. Por isso, sonhar com soluções que não incluam a austeridade necessária para alcançar os objectivos indispensáveis, não passa de demagogia saloia para tolo enganar. Doa o que doer.
A questão para mim passou a ser, apenas, a justiça e a equidade das medidas que, para tal, sejam tomadas, para além da qualidade técnica e social de tais medidas, de modo a minimizar os seus efeitos negativos.
Bom seria que a Oposição cumprisse a sua função em vez de fazer o jogo da alternância democrática que, todos sabemos no que dá. Destitui-se um governo que consideramos mau para dar lugar a outro que, pelo menos na aparência, seja ainda pior.
Não sendo assim, se os ânimos se exaltarem demais porque alguém diz que se trata de um roubo ou de um pacto de agressão e não da infelicidade a que um governo irresponsável nos condenou, corremos o risco de uma austeridade ainda bem maior.
Apenas vejo uma maneira de reduzir a austeridade que é com organização e trabalho sério, uma filosofia onde o irrealismo não tem lugar e a demagogia é condenada.
O país será condenado a aguentar a austeridade que, pelos seus erros, a si próprio impuser. Esta é uma verdade!

Sem comentários:

Enviar um comentário