ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

OS PARAÍSOS FISCAIS



Os paraísos fiscais são um drama desta economia em que o dinheiro se tornou o rei. Ter cada vez mais dinheiro é o propósito da maioria de nós, melhor ainda se nada for preciso fazer para o ter... Por isso, guardá-lo, torná-lo invisível ao pagamento dos impostos necessários para que ao Estado seja possível realizar o que lhe compete fazer e esta fora do alcance de cada um e, também, a outras formas de tributação, é o grande propósito dos “tios patinhas” deste mundo. Servem para isso os paraísos fiscais.
Todo o dinheiro neles guardado é suprimido às economias, retirando-lhes vitalidade e obrigando os contribuintes a repor o que os capitais desviados não pagaram.
Enquanto os líderes dos 27 países mais desenvolvidos do mundo falharam o acordo de elaboração de uma lista de paraísos fiscais para impor sansões contra eles e contra quem deles faz uso, a OXFAM(*), organização não governamental, afirmou que os paraísos fiscais escondem 14 biliões (milhões de milhões) de euros, o que significa uma perda de receita fiscal para os governos em torno dos 120 mil milhões de euros. Destes 14 biliões, dois terços, mais de 9 biliões, provêm da União Europeia, ao que corresponde uma evasão fiscal enorme, de mais de oitenta mil milhões de euros, o que os dirigentes europeus não parecem muito empenhados em recuperar!
Falta a esta EU arrumar a casa que nunca foi arrumada, criar as instituições que nunca foram criadas, definir as políticas que nunca foram estabelecidas, enfim, falta-lhe ser uma União que tenha ao seu alcance todos os mecanismos que fariam dela uma unidade e não a manta de retalhos que é e não vejo que facilmente possa deixar de ser.
Quantos problemas a UE resolveria de pudesse reaver a verbas astronómicas que os paraísos fiscais escondem?
E porque será que os 27 países mais desenvolvidos do mundo falharam o propósito de combater os paraísos fiscais?
Poderia passar horas a tecer congeminações, cada uma mais plausível do que outra. Mas para que?

(*) Para que conheçam uma ONG importante pelos seus propósitos, aqui deixo transcrito o que encontrei na Wikipedia:

A Oxfam International é uma confederação de 13 organizações e mais de 3000 parceiros, que atua em mais de 100 países na busca de soluções para o problema da pobreza e da injustiça, através de campanhas, programas de desenvolvimento e acções emergenciais.
Sob o nome de Oxford Committee for Famine Relief (Comitê de Oxford de Combate à Fome), foi fundada em Oxford, Inglaterra, em 1942, por um grupo liderado pelo cónego Theodore Richard Milford (1896-1987) e constituído por intelectuais quakers, ativistas sociais e acadêmicos de Oxford. Seu objectivo inicial foi o de convencer o governo britânico a permitir a remessa de alimentos às populações famintas da Grécia, então ocupada pelos nazistas e submetida ao bloqueio naval dos aliados.
Sua primeira filial internacional foi fundada no Canadá, em 1963. A organização mudou seu nome para o seu endereço telegráfico, OXFAM, em 1965.
Além do combate à fome, actualmente a Oxfam atua nas seguintes frentes:

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