Sem minimizar a gravidade da situação que vivemos e que, por isso, exige reflexão para encontrar as soluções que a atenuem, continuo certo de que estas não podem ser casuísticas mas resultantes dos objectivos que se pretendam alcançar, para que possam indicar os caminhos a seguir.
Pensar o futuro que, em
função das circunstâncias, da nossa capacidade e da nossa vontade, esteja ao
nosso alcance, é, pois, a condição para tomar, no presente, as decisões que a
ele possam conduzir.
É fácil, em tempos como
estes, ser a oposição que assume as dores dos muitos que, inevitavelmente, sofrem a austeridade
que as circunstâncias impõem, o bastante para conseguirem os seus favores nas
eleições antecipadas que insistem em reclamar, sem pensar nas consequências que, por tal, podem acontecer.
Antecipa bem Seguro a
perspectiva de uma “crise de regime” a que a desconfiança dos cidadãos na
capacidade dos políticos para resolver a situação possa dar lugar, pois não
creio que seja com mudanças bruscas, propostas com base em soluções
condicionadas pelas vontades de outros que insistem em não as permitir, porque
não querem ou porque não podem, que o futuro será melhor. E, tal como aconteceu
quando as numerosas queixas fizeram cair o anterior governo, acontecem as
críticas que podem fazer cair este e, inevitavelmente, farão cair o próximo,
pois não será pela via do confronto, em vez da cooperação, que a situação melhorará.
Melhor seria, pois, pensar
o futuro antes de decidir o presente, para que o caminho conduza, sem grandes
desvios, até aos objectivos que pretendamos alcançar.
É assim que se constrói o futuro. Fazer diferente é que será brincar com ele!
É assim que se constrói o futuro. Fazer diferente é que será brincar com ele!
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