ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

EXEMPLOS PARA O GOVERNO



Os idosos estão na ordem do dia pelos encargos que constituem numa uma sociedade que parece ter-se esquecido do quanto lhes deve.
Desde um ministro japonês que advoga a morte rápida dos idosos para não prejudicarem a economia e um deputado do PSD que os apelidou de “peste grisalha”, até aos que lhes não reconhecem o direito às pensões que recebem em contrapartida dos descontos que fizeram, parecem ser os idosos a nova galinha dos ovos de ouro do Orçamento de Estado cujos rendimentos foram reduzidos por menos compras de carros, menor consumo de combustíveis, etc.
Enfim, coisas de uma economia que, pelas dificuldades que sente, dificuldades que a si própria criou, em vez de pensar novos caminhos e novas soluções, decide entrar pela falta de respeito pela vida humana.
Mas acabo de ver uma reportagem feita no Concelho de Sernancelhe onde a Câmara Municipal olha para os seus maiores com o respeito com que todos os deveriam olhar.
Disponibilizando quase meio milhão de euros do seu orçamento, o governo municipal ajuda, com cerca de quatrocentos euros por pessoa, quem tenha mais de sessenta e cinco anos e rendimento inferior a quatrocentos e oitenta e cinco euros, para que não sinta dificuldades excessivas nos cuidados de saúde que a idade torna mais necessários.
Para além disso, a Câmara disponibiliza assistência médica directa às populações das diversas freguesias através de uma unidade médica móvel, devidamente equipada.
Também, uma notícia me informa que, em Vinhais, a Municipalidade dá apoio de proximidade às populações das suas freguesias através de enfermeiros que, regularmente, se deslocam por vários locais para controlar o estado de saúde dos numerosos doentes, fazendo o controlo da tensão arterial, da glicémia, do colesterol e outros, para além de cuidados de enfermagem.
São atitudes de humanidade e de cuidados sociais de que o Governo Central deveria dar o exemplo. Mas não dá.
Eu sei que todos devem contribuir, idosos incluídos, nesta cruzada de salvamento das finanças do país. Mas fazer dos idosos responsáveis por uma solidariedade especial, para além da que já dão aos descendentes que a crise apanhou no seu caminho… faz-me lembrar de coisas que mais gostaria de esquecer.

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