Esquecendo completamente
os cuidados que os “aliados” tiveram nos planos de pagamento da dívida resultante
da última guerra suja que impôs ao mundo, a Alemanha continua a demonstrar a
maior insensibilidade para com as dores que sofrem os povos dos países
intervencionados.
Como já tive ocasião de
recordar, a ajuda dada ao país devastado pelas suas próprias tendências
hegemónicas e que provocou dezenas de milhões de mortos em todo o mundo, tinha
todos os cuidados para que não causasse danos excessivos ao povo alemão,
ajustando-se às circunstâncias e necessidades que se fossem revelando. Era um
programa com a humanidade que os alemães parecem desconhecer.
Ignorando tal tratamento que, por certo, lhe deu algumas vantagens ao longo da sua vida, o
presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, afirmou “temo que o bom comportamento dos mercados financeiros, com destaque
para a baixa do nível dos juros da dívida pública, faça com que se combata as
causas da crise com menos pressão”.
Esta é a prova evidente do
“castigo” que os alemães querem que certos países sofram e cuja austeridade se
não dispõem a atenuar.
É, também, uma crítica
directa ao Banco Central Europeu pela sua política monetária que facilita o
financiamento no mercado secundário, através de um programa de compra ilimitada
de dívidas soberanas, o que faz baixar os juros dos financiamentos pelos “mercados”.
Como será possível que
ainda não tenham reparado que impõem condições que já se tornam impossíveis de
suportar?
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