Mesmo sendo o maior
responsável pela situação de caos financeiro que obrigou à intervenção da
Troika que nos impõe esta austeridade excessiva da qual reclamamos, eu
concordaria que a Sócrates fosse concedida uma oportunidade para comunicar com
o país se, porventura, tivesse para dizer algo que fosse importante de escutar.
Mas é, apenas, mais um dos muitos comentadores políticos que por aí debitam
opiniões. Além do mais, sem quaisquer características ou dons que justifiquem a
perda de tempo.
Mas ser comentador
político tornou-se comum, acessível a qualquer um que goste muito de falar e
são, quase sem excepção, os mesmos do costume cujas tendências, básicas ou
ocasionais, por demais conhecemos. Por isso sabemos, de antemão, como irão
reagir a isto ou aquilo que aconteça, a seja o que for que o Governo anuncie ou faça. Penso, até,
que terão já composto o discurso antes das coisas acontecerem, tão previsível é
o que, a propósito seja do que for, acabam por dizer.
Mas há uns especiais que
disputam o pódio dos opinantes deste país e que parecem ter informação
privilegiada em certos domínios ou em quase todos já que, neste país, já nada é
secreto, reservado, seja um Conselho de Ministros, um Conselho de Estado ou uma
investigação judicial. E a menos que andem por aí máfias a montar escutas nas
salas de reuniões ou funcionários que escutam atrás das portas, sou levado a
pensar que haverá ministros, conselheiros, investigadores e investigados que
não respeitam os seus deveres de reserva. Será? Não sei.
Seja como for, tudo se
passa como se acontecesse na rua, porque não é preciso muito tempo para todos
ficarmos a saber, ao pormenor, o que acontece seja onde for. Mas, mesmo que
ninguém apareça com a solução para as dores que sofremos, Seguro aparte, todos
opinam hoje deste modo, amanhã daquele outro ou sempre do mesmo modo, sem que
nada de novo aconteça neste ambiente ruidoso em que, constantemente, estamos
envolvidos. É um outro caos que se junta ao financeiro e causa os profundos danos que vão arruinando este país.
Mas como há sempre alguma coisa a acontecer, fala-se dela. Mas se não houver... fala-se dos reformados.
E viva a informação!
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