ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 26 de maio de 2013

O CAOS NO CAOS

Mesmo sendo o maior responsável pela situação de caos financeiro que obrigou à intervenção da Troika que nos impõe esta austeridade excessiva da qual reclamamos, eu concordaria que a Sócrates fosse concedida uma oportunidade para comunicar com o país se, porventura, tivesse para dizer algo que fosse importante de escutar. Mas é, apenas, mais um dos muitos comentadores políticos que por aí debitam opiniões. Além do mais, sem quaisquer características ou dons que justifiquem a perda de tempo.
Mas ser comentador político tornou-se comum, acessível a qualquer um que goste muito de falar e são, quase sem excepção, os mesmos do costume cujas tendências, básicas ou ocasionais, por demais conhecemos. Por isso sabemos, de antemão, como irão reagir a isto ou aquilo que aconteça, a seja o que for que o Governo anuncie ou faça. Penso, até, que terão já composto o discurso antes das coisas acontecerem, tão previsível é o que, a propósito seja do que for, acabam por dizer.
Mas há uns especiais que disputam o pódio dos opinantes deste país e que parecem ter informação privilegiada em certos domínios ou em quase todos já que, neste país, já nada é secreto, reservado, seja um Conselho de Ministros, um Conselho de Estado ou uma investigação judicial. E a menos que andem por aí máfias a montar escutas nas salas de reuniões ou funcionários que escutam atrás das portas, sou levado a pensar que haverá ministros, conselheiros, investigadores e investigados que não respeitam os seus deveres de reserva. Será? Não sei.
Seja como for, tudo se passa como se acontecesse na rua, porque não é preciso muito tempo para todos ficarmos a saber, ao pormenor, o que acontece seja onde for. Mas, mesmo que ninguém apareça com a solução para as dores que sofremos, Seguro aparte, todos opinam hoje deste modo, amanhã daquele outro ou sempre do mesmo modo, sem que nada de novo aconteça neste ambiente ruidoso em que, constantemente, estamos envolvidos. É um outro caos que se junta ao financeiro e causa os profundos danos que vão arruinando este país.
Mas como há sempre alguma coisa a acontecer, fala-se dela. Mas se não houver... fala-se dos reformados.
E viva a informação!

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