ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 19 de maio de 2013

EUROPA, O NORTE E O SUL



Depois de tanto que se disse já, de tantas ideias e sugestões para resolver a crise do Euro e da Europa (como se a crise estivesse apenas qui), aparece um novo partido alemão de eurocépticos que propõe, apesar disso, que a Alemanha deve conservar o euro mas que os países da Europa do Sul o devem abandonar.
Outros falam de um “governo económico” da Europa, outros da centralização bancária e, outros ainda, de um sistema de fiscalidade comum. Ainda mais coisas outros devem propor, certamente, o que me não surpreende porque a Europa nasceu quase sem tudo o que seria preciso para que fosse uma União Europeia.
Mas é cada vez mais nítido um cisma Norte-Sul o que, afinal, não é, de todo, estranho, porque ele acontece por toda a parte, em cada país e no mundo inteiro!
E não podem restar dúvidas de que se trata de povos com características muito diferentes, profundamente moldadas pelo clima.
Não me posso esquecer daquele dia de Janeiro em que aterrei em Estocolmo às 15:00h, mesmo quando o Sol se estava a esconder no horizonte! Foi uma tarde imensa em que a hora de jantar nunca mais chegava, o frio era intenso e um ambiente cinzento não convidava a pensamentos felizes. O dia seguinte foi de trabalho e não me lembro de ter visto o Sol a não ser quando saí do hotel para me enfiar naquele espaço de onde não saí o dia todo. Regressei ao ar livre depois de um dia intenso, quando já era noite, e na manhã seguinte, dedicada a visitar a cidade, reparei que o Sol era anémico e não tinha “forças” para se erguer no céu para além do que aqui faz quando são 09:00h. Era bem mais amarela a cor dos cabelos dos suecos…
A menos um “espírito europeu” muito forte que valorize a diversidade, do que jamais me lembro de alguma vez ter acontecido e a História não dá conta, nunca a Europa poderá constituir uma União com um mínimo de homogeneidade que tire partido dos valores que uns e outros tenham em vez desta partição entre diligentes e calões que os do Norte tanto gostam de realçar.
Eu penso que é de outro modo que estas diferenças devem ser vistas e sentidas, diferenças que serão entre os que podem ter excelentes condições para viver uma vida natural e feliz e os que se refugiam em outras vidas para se esquecerem da que não têm!

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