Não auguro um desfecho
feliz para esta agressividade excessiva contra um governo que, goste-se ou não,
tem o apoio da maioria parlamentar e merece, ainda, a confiança do Presidente
da República.
Uma queda do Governo
começa a parecer-me provável e preocupam-me as consequências que possa ter, quando
a bagunça se torna demais sem que, de alguma forma, veja quais as alternativas
que os possíveis conquistadores do poder possam por em prática para que a nossa
vida melhore.
Estamos a um ano do que
poderá ser o fim da intervenção da tão mal afamada Troika, um ano decisivo para
criar condições de confiança que nos permitam os financiamentos dos quais não
poderemos prescindir. Mas é agora que tudo parece complicar-se com as
manifestações de rua a sucederem-se a um ritmo que, tudo o faz crer, se
intensificará de mês para mês.
Diz a experiência de
séculos e séculos que “água mole em pedra dura... “. Mas se, no que
naturalmente acontece, dermos uma ajuda, as coisas podem acontecer ainda mais
rapidamente.
Foi o que me pareceu
acontecer na reunião do Conselho de Estado quando o presidente do Tribunal
Constitucional responde às críticas que a última decisão deste tribunal mereceu, como é natural que aconteça, ao que se
diz de modo duro e com ameaças de novos chumbos constitucionais!
Tão insólita me parece que gostava de poder pensar
que esta notícia não passa de mais um daqueles excessos a que a comunicação
social já nos habituou, mas ainda não dei conta do desmentido que mo confirme…
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