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quarta-feira, 1 de maio de 2013

FUTEBOL: O ALARGAMENTO, O TRIBUNAL ARBITRAL DO DESPORTO E A ARBITRAGEM



O chumbo da Federação Portuguesa de Futebol ao alargamento da Primeira Liga a meio de uma temporada e a garantia, dada pelo Secretário de Estado do Desporto de que o Tribunal Arbitral do Desporto seria uma realidade até ao final do ano, são duas notícias que me agradam.
No primeiro caso por a decisão de alargamento ser, definitivamente, um disparate que a realidade do nosso futebol realça e não passaria do “tapar de um erro” que causaria um erro ainda maior que acabaríamos por pagar caro.
Quanto ao Tribunal Arbitral do Desporto, parece-me um órgão indispensável para a apreciação isenta de factos que, no desporto, em particular no futebol, não podem continuar a beneficiar de impunidade.
Não tenho dúvidas de que qualquer das decisões farão levantar vozes em contrário, seja pelos interesses dos que, na Liga votaram o alargamento, seja porque o TAD virá permitir uma justiça que, até agora, não foi feita como o deveria ter sido, porque assim a alguns convinha.
Ainda que o futebol seja como que um mundo aparte, não podem as suas regras colidir com as leis que nos regem e ficarem as soluções dos diferendos à descrição de “lobbies” que melhor se movem e, tradicionalmente, decidem as causas a seu favor.
Juntaria a estas duas uma terceira questão, a da arbitragem que continua regida por procedimentos que as tecnologias disponíveis para apreciação tornaram obsoletas e provocadoras de questões que, por mais que se arrastem, nunca alterarão as consequências dos erros que tenham sido praticados!
Não querer resolver esta questão muito importante, só pode convir a quem a discricionariedade irrecorrível dos árbitros convier, em qualquer nível dos poderes do futebol, a FIFA, a UEFA e outras quaisquer federações regionais ou nacionais.
Pode dar muito jeito a alguns, mas o futebol envolve hoje interesses legítimos e valores que se não compadecem com as arbitrariedades a que pelas arbitragens ficam sujeitos.
Apitos de várias cores são a prova definitiva de que, também na arbitragem, as coisas terão de mudar! Rapidamente.
Entretanto, continuaremos com o mesmo número de equipas na Primeira Liga, há tribunais comuns que podem julgar e desencorajar os árbitros amadores de continuar com o poder discricionário que sentem possuir para decidir em ligas profissionais…

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