O chumbo da Federação Portuguesa
de Futebol ao alargamento da Primeira Liga a meio de uma temporada e a
garantia, dada pelo Secretário de Estado do Desporto de que o Tribunal Arbitral
do Desporto seria uma realidade até ao final do ano, são duas notícias que me
agradam.
No primeiro caso por a
decisão de alargamento ser, definitivamente, um disparate que a realidade do
nosso futebol realça e não passaria do “tapar de um erro” que causaria um erro ainda maior
que acabaríamos por pagar caro.
Quanto ao Tribunal
Arbitral do Desporto, parece-me um órgão indispensável para a apreciação isenta
de factos que, no desporto, em particular no futebol, não podem continuar a
beneficiar de impunidade.
Não tenho dúvidas de que
qualquer das decisões farão levantar vozes em contrário, seja pelos interesses
dos que, na Liga votaram o alargamento, seja porque o TAD virá permitir uma
justiça que, até agora, não foi feita como o deveria ter sido, porque assim a
alguns convinha.
Ainda que o futebol seja
como que um mundo aparte, não podem as suas regras colidir com as leis que nos
regem e ficarem as soluções dos diferendos à descrição de “lobbies” que melhor
se movem e, tradicionalmente, decidem as causas a seu favor.
Juntaria a estas duas uma
terceira questão, a da arbitragem que continua regida por procedimentos que as
tecnologias disponíveis para apreciação tornaram obsoletas e provocadoras de
questões que, por mais que se arrastem, nunca alterarão as consequências dos
erros que tenham sido praticados!
Não querer resolver esta
questão muito importante, só pode convir a quem a discricionariedade irrecorrível
dos árbitros convier, em qualquer nível dos poderes do futebol, a FIFA, a UEFA
e outras quaisquer federações regionais ou nacionais.
Pode dar muito jeito a
alguns, mas o futebol envolve hoje interesses legítimos e valores que se não
compadecem com as arbitrariedades a que pelas arbitragens ficam sujeitos.
Apitos de várias cores são
a prova definitiva de que, também na arbitragem, as coisas terão de mudar!
Rapidamente.
Entretanto, continuaremos
com o mesmo número de equipas na Primeira Liga, há tribunais comuns que podem
julgar e desencorajar os árbitros amadores de continuar com o poder discricionário que
sentem possuir para decidir em ligas profissionais…
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