Não seria, uma altura tão sensível para o
futuro do país, a melhor oportunidade para a atitude de Rui Rio e das
personalidades que juntou à sua volta para reclamar o pagamento das verbas de “Porto
Vivo”, porque outras oportunidades, bem mais prementes, têm sofrido, também, os atrasos a
que o mau estado das finanças portuguesas obriga. Todos o sabemos e Rui Rio
também, que o país e o seu Governo não deixam de fazer certas coisas por
vontade mas por falta de meios para as fazer, pelo que não considero a sua
atitude como em favor do Porto mas, simplesmente, dos seus interesses
políticos pessoais.
Rui Rio é do PSD que está
em guerra com Passos Coelho e com o seu governo, como o mostram as críticas de
Ferreira Leite, de António Capucho e de tantos outros “barões” que nunca
conseguiram digerir o engulho que foi os militantes do partido terem-lhes
tirado o poder que julgavam apenas seu.
Não quero, com o que digo,
tomar partido pela nova direcção do PSD mesmo que julgue fora de moda aqueles a
quem os novos dirigentes derrotaram. Pelo contrário, acho que o PSD precisa de
nova gente e de nova mentalidade para voltar a ser o que já foi mas se tornou na
feira de vaidades dos que tiveram, no passado, oportunidade de fazer, mas não
fizeram, o que agora reclamam que seja feito!
Aborrecem-me muitas das
atitudes do Governo porque me afectam, mas não posso deixar de as compreender
quando alguém colocou o país numa situação financeira demasiadamente difícil e
se não remedeia sem sofrimento. Como sempre, apenas reclamo equidade!
É, por isso, fácil de
criticar seja o que for que o Governo faça e ainda mais quando haja quem
aproveite o mal estar de tanta gente que, por isso, facilmente se junta nos
protestos e nas lutas que, parece, devem fazer de Junho próximo, por natureza
um mês de festas populares, um mês de muitos carnavais!
E, assim, Portugal tem um Governo
criticado pela Oposição e pelos barões do partido do qual o Governo emana, o que me parece uma
daquelas aberrações que apenas um baixo nível cívico consente.
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