Segundo o “convertido” Basílio
Horta, o PS vai pedir a queda do governo de Passos Coelho na próxima reunião do
Conselho de Estado. E, nessa atitude, estará a ser coerente com outras atitudes
passadas como a moção de censura que apresentou na Assembleia da República.
Não me admira nada que tal
aconteça, mesmo numa reunião que não tem nos seus objectivos coisas destas,
porque desde as medidas em que Seguro faz depender da boa vontade dos que nos impõem a
austeridade o modo de acabar com ela, até à proposta de Mário Soares que advoga
o princípio do "não pagamos" porque, segundo ele, na Argentina assim aconteceu e “não morreu
ninguém”, existe um mundo de incongruências e, depois delas, a questão de saber
o que faria, depois, o PS!
Quando uma derrocada
acontece e vem direita a nós, adianta alguma coisa metermo-nos debaixo da mesa?
Penso que não. A única salvação está em nos encontrarmos bem longe nesse
momento. Mas não é esta a forma de nos afastaremos dos perigos que nos podem
alcançar. Serão necessárias ideias que ninguém ainda adiantou para além do
corta aqui e ali, porque ainda ninguém faz ideia de para onde, por este andar,
caminhamos.
Continuo a ouvir os “inteligentes”
a clamar contra a “ordem de trabalhos” da reunião, insistindo na ideia da
incoerência de tratar de assuntos futuros quando tantos há, no presente, para
pensar.
Parece, à primeira vista,
que têm razão. Mas eu pergunto: pensar o que fazer no presente, tendo como
objectivo o quê? A conquista do poder que, cada vez mais, me parece ser o único
objectivo real deste regime que, entre nós, se instalou.
Quando pensaremos o
futuro?
Sem comentários:
Enviar um comentário