ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

UM ERRO DE SENSO COMUM

Depois das novas medidas para cortes na despesa pública anunciadas por Passos Coelho, a Troika regressa a Lisboa para apreciar como conseguiu o governo português substituir as que o Tribunal Constitucional havia declarado inconstitucionais. Depois, deverá ser fechada a sétima avaliação que permitirá desbloquear mais uma parte do apoio financeiro concedido a Portugal.
Começa a ser insuportável a presença destes mandatários do FMI, da UE e do BCE que, mesmo depois do reconhecimento geral de todas as imperfeições deste modelo de ajuda e controlo, continuam intransigentes nas soluções que impõem e que, ninguém já diz o contrário, não são as que melhor ajudariam um país em dificuldades.
O próprio BCE reconheceu que o modelo que está a ser seguido não é o adequado e que, por isso, deve ser alterado. Apenas diz que não deverá ser alterado a meio de uma crise por falta de alternativas. Foi Jorg Asmussen, membro do Comité Executivo do Banco quem o afirmou no Parlamento Europeu.
Facilmente se concorda com Asmussen quanto ao despropósito dos procedimentos que têm sido adoptados, porque os resultados o confirmam, mas não parece, de todo, aceitável a ideia de levar até ao fim o erro que já foi reconhecido, sejam as razões invocadas quais forem, porque é uma norma de senso comum suster o erro logo que se detecta para não deixar prosseguir os seus maus efeitos.
Mas os tempos políticos são marcados por outros interesses que não os de quem sofre a austeridade que não há modo de evitar mas para a qual poderia haver alívios que a tornariam menos dolorosa.
E continuamos todos à espera do que acontecerá em Setembro nas eleições na Alemanha que, depois, se disporá ou não a permitir as mudanças ou a reorganização que poderá reduzir a desumanidade que sofrem os povos dos países intervencionados.

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