Depois
das novas medidas para cortes na despesa pública anunciadas por
Passos Coelho, a Troika regressa a Lisboa para apreciar como
conseguiu o governo português substituir as que o Tribunal
Constitucional havia declarado inconstitucionais. Depois, deverá ser
fechada a sétima avaliação que permitirá desbloquear mais uma
parte do apoio financeiro concedido a Portugal.
Começa
a ser insuportável a presença destes mandatários do FMI, da UE e
do BCE que, mesmo depois do reconhecimento geral de todas as
imperfeições deste modelo de ajuda e controlo, continuam
intransigentes nas soluções que impõem e que, ninguém já diz o
contrário, não são as que melhor ajudariam um país em
dificuldades.
O
próprio BCE reconheceu que o modelo que está a ser seguido não é
o adequado e que, por isso, deve ser alterado. Apenas diz que não
deverá ser alterado a meio de uma crise por falta de alternativas.
Foi Jorg Asmussen, membro do Comité Executivo do Banco quem o
afirmou no Parlamento Europeu.
Facilmente
se concorda com Asmussen quanto ao despropósito dos procedimentos
que têm sido adoptados, porque os resultados o confirmam, mas não
parece, de todo, aceitável a ideia de levar até ao fim o erro que
já foi reconhecido, sejam as razões invocadas quais forem, porque é
uma norma de senso comum suster o erro logo que se detecta para não
deixar prosseguir os seus maus efeitos.
Mas
os tempos políticos são marcados por outros interesses que não os
de quem sofre a austeridade que não há modo de evitar mas para a
qual poderia haver alívios que a tornariam menos dolorosa.
E
continuamos todos à espera do que acontecerá em Setembro nas
eleições na Alemanha que, depois, se disporá ou não a permitir as
mudanças ou a reorganização que poderá reduzir a desumanidade que
sofrem os povos dos países intervencionados.
GANG AO ATAQUE.
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