(Fotografia: jornal o Público)
Quando foi a altura disso, expressei o que pensava sobre os casamentos homossexuais. Sem recusar o direito de oficialização de uma união ditada por sentimentos que não consigo imaginar mas que aceito como naturais e, por isso, respeito, entendi que chamar-lhe “casamento” seria uma agressão à tradição milenar de preservar tal designação para casais heterossexuais que têm por objectivo constituir uma família com a descendência que venham a gerar.
Quando foi a altura disso, expressei o que pensava sobre os casamentos homossexuais. Sem recusar o direito de oficialização de uma união ditada por sentimentos que não consigo imaginar mas que aceito como naturais e, por isso, respeito, entendi que chamar-lhe “casamento” seria uma agressão à tradição milenar de preservar tal designação para casais heterossexuais que têm por objectivo constituir uma família com a descendência que venham a gerar.
Admito, pois, que a homossexualidade
inata seja respeitada e lhe sejam reconhecidos os direitos que a toda a
sociedade se reconhecem, o que não condiz muito bem com certas manifestações de
“orgulho” que, por motivos óbvios, não faz qualquer sentido, como o não faria
igual comportamento por parte dos heterossexuais. Em tais exibições, fica-me
uma sensação de excesso de fantasia que nada reforça os direitos da condição da
qual se orgulham.
Afinal, o respeito pela diferença
exige que ela se assuma como tal, sem tentar dissimular-se na reclamação de
direitos que, ao contrário da homossexualidade inata, não são naturais, como é
o caso da adopção, já que os casais homossexuais não podem gerar descendência.
É uma marca das esquerdas que
outras razões já não têm para marcar diferenças, pugnar por direitos deste
tipo, contradizendo-se na simultaneidade das exigências de respeito pela
diferença e pela igualdade, o que atinge um grau superlativo na proposta de ser
concedido aos casais homossexuais o direito de adoptarem crianças que,
naturalmente, não podem gerar, pelo que lhes proporcionariam um ambiente
anti-natural.
Quando a questão vai voltar à
Assembleia da República, não posso deixar de vincar a minha posição quanto a
uma possibilidade de agressão dos direitos da criança que, sendo o sujeito
central da medida reclamada, não é ouvida nem achada numa questão da qual
depende o seu futuro!
Tal como a fotografia que colhi
do Jornal o Público sugere, a criança adoptada por casais homossexuais seria o
boneco que não se pode consentir que seja, apenas para dar prazer a quem não pode gerá-la.
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