ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

O CASAMENTO GAY, A ADOPÇÃO E OS DIREITOS DAS CRIANÇAS



(Fotografia: jornal o Público)

Quando foi a altura disso, expressei o que pensava sobre os casamentos homossexuais. Sem recusar o direito de oficialização de uma união ditada por sentimentos que não consigo imaginar mas que aceito como naturais e, por isso, respeito, entendi que chamar-lhe “casamento” seria uma agressão à tradição milenar de preservar tal designação para casais heterossexuais que têm por objectivo constituir uma família com a descendência que venham a gerar.
Admito, pois, que a homossexualidade inata seja respeitada e lhe sejam reconhecidos os direitos que a toda a sociedade se reconhecem, o que não condiz muito bem com certas manifestações de “orgulho” que, por motivos óbvios, não faz qualquer sentido, como o não faria igual comportamento por parte dos heterossexuais. Em tais exibições, fica-me uma sensação de excesso de fantasia que nada reforça os direitos da condição da qual se orgulham.
Afinal, o respeito pela diferença exige que ela se assuma como tal, sem tentar dissimular-se na reclamação de direitos que, ao contrário da homossexualidade inata, não são naturais, como é o caso da adopção, já que os casais homossexuais não podem gerar descendência.
É uma marca das esquerdas que outras razões já não têm para marcar diferenças, pugnar por direitos deste tipo, contradizendo-se na simultaneidade das exigências de respeito pela diferença e pela igualdade, o que atinge um grau superlativo na proposta de ser concedido aos casais homossexuais o direito de adoptarem crianças que, naturalmente, não podem gerar, pelo que lhes proporcionariam um ambiente anti-natural.
Quando a questão vai voltar à Assembleia da República, não posso deixar de vincar a minha posição quanto a uma possibilidade de agressão dos direitos da criança que, sendo o sujeito central da medida reclamada, não é ouvida nem achada numa questão da qual depende o seu futuro!
Tal como a fotografia que colhi do Jornal o Público sugere, a criança adoptada por casais homossexuais seria o boneco que não se pode consentir que seja, apenas para dar prazer a quem não pode gerá-la.

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